fevereiro 21, 2010

É carne crua,
cujo sangue ferve, escorre e tateia
minha inconsolável alma.
Há de ser.

É desespero,
cujo grito derruba, rasga e ateia fogo
aos meus pálidos delírios.
Há de ser.

Mas não há de ser lamento,
que minha miséria é, enfim,
meu único conforto.

quando aquele suspiro se transformou em toda eternidade, beijou-me suave, levantou-se da cama ...